Um detetive pode ajudar a levantar as provas que identificam um mentiroso compulsivo, o que ajuda no encaminhamento para um tratamento adequado.
Quem sofre de mitomania inventa mentiras compulsivamente para se sentir valorizado pelos amigos, parentes e até mesmo em seu ambiente profissional. Nessa doença, a pessoa recorre a invenções para criar uma imagem social perante seus amigos e conhecidos mas que não corresponde com a sua realidade.
Felizmente, essa obsessão pode ser tratada e até mesmo curada com um tratamento adequado feito por um profissional. Por isso, ao reconhecer tal comportamento em uma pessoa, tenha muita paciência para convencê-lo a aceitar uma intervenção terapêutica.
O que é mitomania?
A mentira obsessivo-compulsiva é um transtorno psicológico também conhecido como mitomania, em que o mentiroso mente para se sentir encaixado e aceito pela sociedade, aumentar sua autoestima, ter assuntos para as rodas de conversa e impressionar amigos e colegas de trabalho, por exemplo.
Por se tratar de um hábito constante, o mitômano cria desentendimentos a seu redor no trabalho ou nos relacionamentos pessoais e, em grande parte dos casos, ser descoberto não o faz admitir o erro, nem parar de inventar histórias.
Segundo os especialistas, o mitômano não consegue desfazer suas mentiras, até quando prejudicam as pessoas próximas a ele. E, apesar do doente ter consciência dos seus atos, isso não é o suficiente para impedi-lo de continuar.
Dicas para identificar um mitômano
Caso você tenha convívio com alguém de quem desconfie da mitomania, saiba que pode ajudar esse doente a sair dessa condição, se for paciente em mostrar a verdade, mesmo que o mitômano não a aceite no primeiro momento.
Quando nos deparamos com pessoas com problemas psicológicos podemos influenciar positivamente a situação para que o indivíduo evolua em seu quadro.
O primeiro passo é se certificar do problema para, na sequência, orientar o doente a aceitar ajuda, especialmente de profissionais. Algumas características são peculiares a esse tipo de problema e ajudam a identificar o mentiroso compulsivo, como:
- Muitas versões da mesma história;
- Respostas elaboradas para perguntas espontâneas;
- Falta de medo de ser descoberto;
- Elaboração de casos mirabolantes sem motivos aparentes;
- As histórias muito felizes ou tristes.
Esses indivíduos criam constantemente imagens irreais de si para se sentirem amados, pois não conseguem lidar com a frustração de não corresponderem às expectativas de um grupo.
Durante a terapia, o especialista vai ajudá-lo a lidar com suas dores psicológicas para que aprenda a admitir suas fraquezas, sem precisar recorrer a estratégias que funcionam como escape da realidade.
A intervenção do psicólogo pode ser complementada com o uso de medicamentos psiquiátricos para reforçar alguns comportamentos necessários, de acordo com o que for levantado nas avaliações feitas sobre o paciente.
Como um detetive pode ajudar
Caso desconfie de uma pessoa com mitomania, um detetive particular pode ser contratado para fazer um levantamento de evidências que comprovem se há ou não a doença.
Para que isso seja possível, diversos aspectos da vida do investigado serão levantados, e analisados minuciosamente, dentre eles o seu comportamento nas redes sociais, relacionamentos anteriores, convívio familiar, redes de amigos e vida profissional.
A partir da descoberta do distúrbio, pode-se confrontar o doente com as provas para persuadi-lo a buscar por um diagnóstico mais detalhado com a avaliação de um psicólogo ou psiquiatra.
Vale ressaltar que o apoio de amigos e familiares é extremamente importante para o mitômano no processo de aceitação e tratamento do problema.
A investigação também pode ser necessária quando se está envolvida amorosamente com uma pessoa suspeita de mitomania. Antes de criar vínculos mais sérios, certifique-se de que não está diante de um mentiroso compulsivo.
O trabalho do detetive é fundamental para coletar as evidências que comprovem a mitomania e, assim, impeçam que essas mentiras destruam as vidas ao redor do doente.