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Como é realizada uma investigação profissional?

Diálogo, planejamento, junção de dados e provas e, por fim, a apresentação dos resultados são os protocolos de tal atividade.

Investigador trabalhando em investigação em seu escritório.
Imagem: Shutterstock

Uma investigação profissional é um trabalho realizado por etapas. Praticamente não há caso apresentado a um detetive, ou a uma detetive, que se resolva da noite para o dia. Descobrir a verdade – é esta, em última análise, a função de um investigador particular – demanda algum tempo.

A propósito, quanto tempo leva, em média, para que uma investigação profissional chegue ao fim?

Há muitas variáveis a serem consideradas antes de respondermos a esta pergunta. Eis duas:

  • A quantidade de informações que o cliente disponibiliza ao detetive particular acerca do indivíduo, ou da empresa, ou da entidade a ser investigada;
  • A rotina da pessoa investigada (isso nos casos em que o investigado desenvolve uma rotina diária, pois muitas vezes a pessoa conduz sua vida de maneira totalmente aleatória);
  • A demanda, ou não, de urgência na obtenção de resultados por parte do contratante.

Esclarecidos tais pontos, pode-se afirmar que:

  • Uma investigação conjugal e/ou familiar, relativamente simples de ser feita, demora entre 5 a 10 dias para que chegue à sua conclusão;
  • Uma investigação empresarial, por natureza mais complexa, pode demorar de 5 até 90 dias para que seu resultado seja entregue.

Tendo deixado respondida essa questão, vamos agora descobrir como se dá a dinâmica de uma investigação profissional.

Os 5 passos de uma investigação profissional

Como ocorre em qualquer ramo de atividade, também a profissão de detetive particular conta com metodologias e técnicas que lhe são próprias. É um trabalho, afinal de contas. E há muitas décadas os passos a serem dados para a conclusão de cada caso contratado já foram estabelecidos.

São 5 esses passos, os quais podem ser considerados como protocolos (ou seja, procedimentos consagrados visando a resolução de determinada questão) a serem seguidos em qualquer investigação profissional:

  1. Converse com o cliente. Pode parecer uma regra banal, mas não é. Nesta conversa inicial, e em outras, a detetive vai garimpar dados, saber qual é o problema e qual é a demanda do contratante. Sem tais informações preliminares, não se chega a lugar algum;
  2. Planeje o caso. Coloque no papel o caminho, mesmo que em linhas gerais, dos passos que você, detetive, dará visando elucidar as dúvidas de seu cliente. Não parta para uma investigação sem ter antes um rumo mais-ou-menos já definido;
  3. Acumule o máximo possível de informações. Quanto mais souber acerca da pessoa que irá investigar, por exemplo, mais segura e mais certeira será a resposta que a detetive dará para o contratante. E mais rápida;
  4. Junte provas. De nada adiantará o investigador resolver o caso se não puder provar para o cliente que o resolveu. Assim sendo serão necessárias, justamente, provas – vídeos, fotografias, áudios diversos (conversas telefônicas gravadas, por exemplo), e-mails;
  5. Entregue o relatório final. Embora essa etapa raramente surja nos filmes de detetive, ela é importantíssima – afinal, é o momento no qual o resultado do trabalho, pelo qual o cliente pagou, será dado. O detetive deverá reservar calma e objetividade para tais ocasiões.

Quais os desafios com que se depara uma investigação profissional?

A sociedade brasileira carrega algumas particularidades interessantes, as quais determinam, até certo ponto, como se dá uma investigação profissional por aqui:

  • O Brasil é o segundo país no qual mais ocorrem casos extraconjugais (o primeiro, em termos proporcionais, é a Holanda);
  • É chocante, mas a cada 11 minutos uma pessoa some no Brasil. Geralmente os motivos são rapto, sequestro, tráfico de órgãos, tráfico de seres humanos etc.;
  • Mas há muita gente que desaparece por vontade própria. Fugir de dívidas que não conseguem pagar, além de desilusões amorosas, são os principais motivos que as levam a tanto;
  • Felizmente, mais de 80% dos desaparecidos acabam por retornarem às suas residências. E não raro isso ocorre após terem sido encontrados por uma investigação profissional bem feita.

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